Abertura do Processo de Inquérito de beatificação de Dom Campelo ocorrerá no final do mês de setembro

A Diocese de Petrolina vivenciará mais uma momento histórico na sua trajetória quase secular: no dia 30 de setembro (sábado), às 19h, na Igreja Catedral, antecedendo à Santa Missa, será instaurado oficialmente o Processo de Inquérito para a beatificação de Dom Antônio Campelo de Aragão, 4° Bispo desta grei.

Biografia

Antônio Campelo de Aragão nasceu no dia 5 dezembro de 1904, em Garanhuns, agreste de Pernambuco. Filho de Aurélio Aragão e Enedina Campelo Aragão, ficou órfão de pai aos 10 ano de idade e de mãe aos 13 anos. Com 16 anos, foi estudar no Colégio São Joaquim dos Salesianos, em Frei Caneca (PE). Fez o noviciado em 1927 e concluiu seus estudos filosóficos três anos depois, em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife.

Em 1933, Antônio Campelo foi enviado pela congregação a Turim, na Itália, onde deu entrada no Instituto Internacional Dom Bosco. Foi ordenado padre em 5 de julho de 1936, na Basílica de Maria Auxiliadora, pelo cardeal arcebispo de Turim, Maurilio Fossati.

De volta ao Brasil, foi professor do Colégio Salesiano de Salvador (BA), onde permaneceu até 1938. Depois, tornou-se diretor do Colégio Padre Inácio Rolim, em Cajazeiras (PB). Em 1943, passa a dirigir o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora em Aracaju (SE), onde ficou por dois anos até ser transferido para o Colégio Salesiano de Fortaleza (CE) e tornou-se pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Piedade, onde construiu as Escolas Profissionais Dom Bosco, ofício que exerceu até sua nomeação episcopal.

Padre Antônio Campelo foi nomeado pelo Papa Pio XII como bispo auxiliar de Cuiabá (MT) no dia 15 de junho de 1950. A sagração episcopal ocorreu na Catedral Metropolitana de Fortaleza, em 13 de agosto do mesmo ano, tendo o arcebispo de Cuiabá, dom Francisco de Aquino Correia, S.D.B., como bispo ordenante. A cerimônia também teve a presença do então bispo de Cajazeiras, dom Luís do Amaral Mousinho, e do bispo de Limoeiro do Norte (CE), dom Aureliano de Matos. Seu lema episcopal era “Tudo farei pelos eleitos”.

Em 18 de dezembro de 1956, dom Antônio Campelo foi nomeado como bispo da Diocese de Petrolina. Entre as realizações do seu pastoreio, está a fundação da emissora de rádio “A Voz do São Francisco”, a construção da Vila São Francisco para os pobres vítimas da enchente em 1957 e o 1° Congresso de Ação Católica, em 1962, que contribuiu com a construção do Pavilhão do Lenho – Instituto São José e Cine Massangano, atual Centro Cultural Dom Bosco.

Dom Campelo também foi responsável por ampliar o Centro Social Pio XI, implantar as legiões agrárias e círculos operários, contribuir com a construção do Hospital e Maternidade Santa Maria, em Araripina (PE), no ano de 1959, onde também inaugurou o Centro Social, em 1962, e a Escola Normal Dom Malan em 1967. O bispo construiu o Centro de Treinamento Diocesano de Petrolina, em 1971, e ajudou na construção do Hospital de Santa Maria da Boa Vista, no mesmo ano.

Como epíscopo, participou da I e da III sessões do Concílio Vaticano II, em 1962. Ainda fundou duas congregações religiosas: As Mensageiras de Santa Maria, em 1º de julho de 1957, e as Irmãs Medianeiras da Paz, em 10 de dezembro de 1968.

Resignou-se da diocese em 6 de fevereiro de 1975, passando a residir na comunidade do Colégio Salesiano de Salvador. Fundou em 12 de outubro de 1984 a Associação das Servas Medianeiras da Paz, para o serviço da Evangelização, seguindo a espiritualidade, o carisma e a missão das Irmãs Medianeiras da Paz.

Dom Campelo morreu em 10 de setembro de 1988, em Araripina, e está sepultado na Catedral Sagrado Coração de Jesus Cristo Rei, em Petrolina.

(Fonte – CNBB NE2)

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