História

A criação da Diocese – Breve Histórico – 11 de novembro de 2008
Pe. Francisco José Pereira Cavalcante

Atualizado por Gildo Monteiro Júnior, entre 2020 e 2022

Cada vez mais o povo brasileiro se conscientiza da importância de conhecer a sua história. É sempre maior o número de pessoas que sabe dar importância ao conhecimento das raízes familiares, da terra onde nasceu e da fé que pratica. Este artigo responde, resumidamente, as necessidades de conhecer a história da comunidade cristã católica denominada de DIOCESE DE PETROLINA.
O Catecismo da Igreja Católica define uma diocese como uma comunidade de fiéis cristãos vivendo em comunhão na fé, na prática dos sacramentos, e com um bispo ordenado na sucessão apostólica. A comunidade católica atualmente ligada ao bispo de Petrolina pertenceu primeiramente à diocese de Olinda e Recife. No início do século XX foi incorporada à cidade de Floresta e depois a Pesqueira.
A comunidade diocesana de Petrolina está distribuída em uma área que compreende um terço do Estado de Pernambuco. A área é composta pelos seguintes municípios: Petrolina, Afrânio, Dormentes, Santa Filomena, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Orocó e Santa Cruz, distribuídas em 28 Paróquias, Quase-Paróquias e Áreas Pastorais.
O presente texto foi publicado como artigo de jornal da Pastoral Familiar de Petrolina pelo Padre Francisco José Pereira Cavalcante. Aqui fizemos algumas atualizações sempre com a intenção de oferecer uma visão geral da vida da comunidade católica diocesana que é atualmente pastoreada por Dom Francisco Canindé Palhano, 8º Bispo desta grei.
Para alcançar tal objetivo apresentamos algumas notícias de acontecimentos ocorridos durante a presença de oito pastores diocesanos. Esperamos que este “resumo” possa ajudar o leitor a dar os primeiros passos no conhecimento da ação da comunidade eclesial católica, oficializada como Diocese em 30.11.1923, pelo Papa Pio XI.
A Diocese de Petrolina foi criada pelo Papa por solicitação do bispo de Pesqueira, D. José de Oliveira Lopes e divide-se em OITO períodos:

I.Período de D. ANTÔNIO MARIA MALAN (1924-1931)

Este primeiro momento é marcado por uma ação de transição de simples freguesia de Pesqueira à nova diocese. Caracteriza esse período a ação destemida do ítalo-francês, D. Malan, que adotou como lema: “Mandou-me evangelizar os pobres”.
A posse de D. Malan aconteceu no dia 15.08.1924. Durante o seu episcopado em Petrolina, ele se esforçou no sentido de dotar a diocese de uma infra-estrutura mínima, requerida por uma diocese, a fim de que pudesse promover sua ação evangelizadora. Este período é, portanto, aquele de organização e estruturação da diocese que recebe: mais força humana – com a vinda de padres religiosos (salesianos) e seminaristas – e mais condições materiais necessárias ao trabalho pastoral; criação de novas paróquias; aquisição de terras; construção de residência episcopal, catedral diocesana, seminário, escolas.
Mesmo sendo Petrolina ainda muito pequena, o espírito visionário de D. Malan levou-o a pensar na construção de igrejas em locais periféricos. Foi assim quando quis construir uma capela no bairro “Atrás da Banca” e outra na área que corresponde, hoje, à extensão do Colégio D. Bosco. As construções só puderam ser realizadas em outro episcopado.
Petrolina foi abençoada por Deus em ter recebido um bispo com a garra de D. Malan: homem sonhador, empreendedor, obstinado, um grande lutador. Esses traços do seu caráter impediram-no de desanimar – como aconteceu com bispos colocados em dioceses circunvizinhas – diante de diocese tão difícil: com uma área territorial gigante, seca e paupérrima; com um pouquíssimo número de sacerdotes; constituída de umas poucas paróquias.
Embora poucas as paróquias – Petrolina, Boa Vista, Cabrobó, Leopoldina [Parnamirim], Serrinha [Serrita], Ouricuri, São Gonçalo [Araripina], Exu e Granito – há enormes dificuldades de comunicação entre elas. As distâncias são grandes; o meio de transporte da época é o cavalo. Numa situação como essa, o bispo usou como meio de comunicação as suas cartas pastorais ou o jornal O Pharol. Esse órgão criado pelo jornalista João F. Gomes recebeu de D. Malan um material trazido da França e se tornou um aliado da diocese, ajudando, assim, o bispo a quebrar as barreiras da incomunicação.
A igreja de D. Malan é ainda aquela esquematizada no Concílio de Trento. Este modelo é profundamente hierarquizado e centralizado, permitindo a participação dos leigos, quase que somente, nas associações: Apostolado da Oração, Filhas de Maria, e em ações de apoio material e logístico ao trabalho evangelizador. O bispo é o príncipe da Igreja.
D. Malan governou a diocese de Petrolina até 28.10.1931 quando faleceu em S. Paulo. Substituiu-o na direção da diocese o Vigário Geral do bispo, o Mons. Ângelo Sampaio que esteve à frente da diocese até 15.11.1933, quando tomou posse o segundo bispo.

II. Período de D. IDÍLIO JOSÉ SOARES (1933-1943)

Com o lema “Santifica-os na Verdade”, assumiu a diocese D. Idílio José Soares em 15.11.1933. Ele era paulista de Campinas e recebeu na cidade o titulo de “bispo dos pobres” pela sua intimidade e amor aos pobres. De fato, nesse período vamos encontrar o bispo diocesano preocupado com a fome e com a saúde de seus diocesanos. Neste sentido são retomadas as obras do hospital – única grande obra realizada neste período – e a fundação de algumas associações voltadas para a assistência aos pobres e à infância carente.
Além disso, há também preocupação com a formação de padres que era ainda em pequeno número. Na linha vocacional, D. Idílio muito investiu – com ajudas arranjadas no sul do país – no Seminário Sagrado Coração, instituição fundada pelo bispo antecessor, de onde saíram vários padres.
A participação leiga em certas ações pastorais ainda era tímida, mas já dava passos no sentido de tornar-se mais efetiva. Esforços neste sentido aconteceram com a implantação da Ação Católica, que ganhará mais força e produzirá grandes resultados no governo de D. Avelar.
No governo de D. Idílio, a comunicação do bispo com os fieis se faz: através de uma espécie de carta pastoral, que era também prestação de contas; por meio do jornal O Pharol e através de um sistema de alto falantes que funcionava na Praça da Bandeira (hoje chamada de Praça do Centenário).
O governo de D. Idílio é também aquele em que surgem: a “Festa do Vaqueiro”, a semente do Instituto S. José que mais tarde será incrementado pelo bispo seguinte e a reabertura das portas do Ginásio D. Bosco, fechado quando da saída de Pe. Vallarino.
Ao receber a notícia de transferência para a diocese de Campinas, D. Idílio nomeou Vigário Capitular o, também Vigário Geral, Mons. Ângelo Sampaio. A nomeação foi feita aos 29.07.1943. A posse do Monsenhor aconteceu aos 06.09.1943 e ele permaneceu no cargo até 15.12.1946.

III. Período de D. AVELAR BRANDÃO VILELLA (1946-1956)

O caráter discreto, reservado de D. Idílio foi substituído pela elegância principesca, o vigor intelectual e oratório, a simpatia e habilidades diplomáticas do alagoano D. Avelar. O novo pastor tomou posse do governo diocesano em 15.12.1946. Com o lema “Da plenitude de Cristo”, direcionou o seu trabalho no sentido de formar a sociedade – dentro e fora da diocese – para enfrentar o crescente secularismo, individualismo, a ameaça comunista e a crescente mudança de costumes. Para ele a solução desses problemas reside na participação dos leigos organizados em associações como a Ação Católica. Essa é – para o bispo – a plenitude da Igreja, que é a plenitude de Cristo, que é, finalmente, a plenitude do Pai.
O que afirmamos, explica por que há, neste período, uma crescente – e já ensaiada no governo de D. Idílio – participação dos leigos, na vida da Igreja. Na época, os leigos são incentivados a agir, como católicos, nos diversos setores da sociedade. Da mesma forma, são motivados a participar no interior da Igreja onde formam grupos voltados ao crescimento de uma consciência de amor a Deus e à Pátria.
Mas D. Avelar não se preocupa somente com os leigos. Era um homem convencido da importância do clero e de sua colaboração. Por isso, ordenou vários padres e lançou – no terreno da granja Sta. Isabel – a pedra fundamental daquilo que, se tivesse se concretizado, seria o Seminário Diocesano.
O governo de D. Avelar, não se caracteriza como um período de realização de muitas e grandes construções. Esse bispo construiu a praça D. Malan e o Centro Social Pio XI onde funcionavam cursos profissionalizantes, tratamento dentário, clube de mães, lactário, escola primaria e círculo de pais e mestres. Mais ou menos na mesma linha criou a Escola de Economia Domestica; melhorou o instituto S. José. Também arranjou com o governo o chamado Posto de Colonização, inaugurando um período de forte cooperação entre Igreja e o mundo político, que teve o seu auge no governo seguinte. No posto foram feitas experiências pioneiras no campo de irrigação e que estavam ligadas com outra realização, a das semanas Ruralistas.
O grande acontecimento desse período foi à realização do Congresso Eucarístico Diocesano. Outros acontecimentos: as páscoas (por grupos sociais); a visita da imagem peregrina de Fátima; no campo vocacional, ordenou vários padres.
Preocupado em oferecer uma leitura sadia e melhorar a comunicação entre os diocesanos, fundou o grande órgão de comunicação diocesano, da época, o jornal Cristo Rei.
Se D. Malan viajava muito para arranjar recursos para suas construções, D. Avelar viajará muito para fazer palestras sobre assuntos eclesiais. A presença dele em outras localidades nordestinas abriu as portas para o futuro cardinalato.
D. Avelar deixou Petrolina em fevereiro de 1957.

IV. Período de D. ANTÔNIO CAMPELO DE ARAGÃO (1957-1975)

Adotando o lema “Tudo farei pelos eleitos”, tomou posse em 24.02.1957 o quarto bispo diocesano, Antônio Campelo de Aragão. “Dom Campelo” como era chamado, era pernambucano de Garanhuns, homem simples, mas do porte principesco. Possuía uma voz de trovão; era dono de um discurso bombástico. Homem de índole sonhadora e empreendedora reintroduziu na diocese o estilo salesiano. Por isto, com ele, reaparecem as grandes construções, os grandes projetos. No seu governo serão realizadas muitas obras, algumas voltadas às necessidades mais diretas da evangelização, outras com preocupação social nos diversos campos da vida humana (educação, saúde, irrigação, profissionalização, habitação, comunicação social).
Pedinchão como D.Malan, ele sabia arranjar verbas com os representantes do governo local, estadual e federal, para construir obras a favor da população de toda a sua diocese. Assim, Petrolina que até então tinha sido sempre a única cidade diretamente beneficiada com o trabalho dos bispos, teve que aprender que o bispo diocesano não é uma propriedade única sua.
De fato, D. Campelo passou parte do seu tempo viajando pelo interior da diocese, descentralizando, assim, o trabalho pastoral do bispo. Se D. Malan, construiu a Catedral, foi D. Campelo que conquistou, para a diocese, esse grande, popular e, por enquanto imprescindível púlpito da era moderna: a Emissora Rural a voz do S. Francisco.
No campo vocacional, D. Campelo, em tempos difíceis e – segundo suas próprias palavras -“desadorados”, reabriu o seminário local; iniciou a construção de um prédio para o funcionamento do seminário; criou no palácio diocesano um grupo de seminaristas menores; enviou seminaristas para seminários menores, existentes em outras dioceses; formou padres que deram uma contribuição inestimável à diocese e à sociedade sertaneja e brasileira.
Também trabalhou no sentido de incentivar as vocações femininas. Para isso, concentrou-se na criação de uma congregação religiosa: As Mensageiras de Santa Maria e, mais tarde, as Medianeiras da Paz.
D. Campelo foi ainda o bispo que governou a Igreja de Petrolina num período de importante transição na vida eclesial. Ele, com formação tridentina, teve que saber escolher uma nova visão da Igreja proclamada pelo Concilio Vaticano II. Sofreu, vendo cair um estilo de Igreja que estava acostumado, mas, por outro lado, soube acolher com tolerância muitas dessas mudanças. Entre elas, lembramos a participação mais efetiva do leigo na Igreja, participação já, em graus menores, ensaiada no governo dos bispos predecessores.
De fato, foi durante o pastoreio de D. Campelo que surgiu o Secretariado de Pastoral que passou a reunir, organizar, planejar e avaliar a ação de muitos grupos pastorais criados na época e sob incentivo do próprio secretario: grupos de jovens, cursilhistas, semanas e cursos bíblicos, estudos catequéticos, etc.
O trabalhador rural, também ganhou com a presença de D. Campelo. Foi com a ajuda da diocese que os camponeses começaram a se articular, a aprender os seus direitos, a mostrar a cara na cidade, através dos famosos desfiles das Legiões Agrárias. Foi o trabalho do bispo, através dos seus colaboradores, que organizou o Sindicato dos Trabalhadores, cedendo inclusive em espaço para funcionar, até terem a própria sede.
Em missa e fazendo um discurso emocionado D. Campelo despediu-se da diocese. Para dirigir a diocese até a chegada de um novo bispo, o Conselho Presbiteral escolheu como Vigário Capitular, isto é, vigário encarregado de governar interinamente a diocese o Pe. Gonçalo Pereira Lima. A nomeação aconteceu no dia 25.02. 1975 e ele coordenou a Diocese até a posse do novo bispo.

V. Período de D. GERARDO ANDRADE PONTE (1975-1985)

Com o lema “Que eu faça tudo pelo evangelho”, assumiu o governo diocesano o cearense de Fortaleza, Mons. Gerardo Andrade Ponte. Durante o seu episcopado, a diocese viveu um momento, até então, e em certo sentido, único na sua historia. Pela primeira vez, um bispo diocesano deixa de ser considerado um príncipe para aparecer apenas como pastor. Em completo acordo com as orientações da CNBB, o bispo procura fazer do espaço diocesano o lugar das Comunidades de Base e de uma ponderada denúncia profética. Nesse sentido, e num esforço moderado, são mobilizadas todas as forças diocesanas, de modo especial a Pastoral Rural. Essa, com o auxilio financeiro da Alemanha, foi criada, no interior da Diocese, uma grande rede de comunidades rurais. Ali os trabalhadores rurais aprendem a viver a fé, mas também a discutir os problemas ligados à vida do homem do campo e a lutar contra os inimigos concretos que os impedem de crescer: os atravessadores, a seca, certa cultura, a falta de condições financeiras, o isolamento.
Nesse período histórico diocesano, muito daquilo que a Igreja havia construído no passado, assume, na diocese e, de certo modo, em toda a América Latina, um aspecto bastante particular: à mentalidade da ajuda, puramente assistencial aos pobres, se sobrepõe aquela de oferecer-lhe possibilidades capazes de desenvolver as capacidades que o tornem sujeito, agente ativo da luta contra as causas da pobreza. Este é, por exemplo, o caso das obras desenvolvidas no interior da diocese (construção de mini-indústrias comunitárias), ou na cidade (apoio aos favelados do José e Maria e construção de 50 quartos para a população carente) que são acompanhados de um trabalho de conscientização e de organização comunitária; recomeço do trabalho vocacional; após um hiato de quinze anos, são ordenados novos padres; acontece um grande investimento na participação de leigos que, são muitos, e – continuando a tendência de crescimento começado em períodos anteriores – ocupam espaços sempre maiores e agora, muitos são liberados, ganhando tempo pleno para realizar os trabalhos pastorais.
Para D. Gerardo, o trabalho do leigo é importante, mas a colaboração dos padres é imprescindível. Por isso, ordenou vários padres, trouxe outros de fora e do exterior; também deixou construído um complexo de prédios que – no atual episcopado – foi alvo de reformas, recebeu o acréscimo de um pavilhão e passou a se chamar de Seminário S. José.
Além dos padres, tiveram atuação de vigários: os irmãos de Sta. Cruz, Edwim Nix e Noberto Lengrich (na Igreja de Areia Branca e, depois, na Vila Eduardo), a irmã Lucila, das irmãzinhas da Imaculada Conceição (na Igreja do Ouro Preto), as Irmãs Carmelitas de Vedruna, – Maria Del Socorro Millar, Luiza Cassiolato e Idalina Barion – em Exu e depois em Trindade.
Alguns realizaram um trabalho de destaque, sobretudo na área rural da diocese. Entre outros é preciso lembrar: Abdalaziz de Moura, Conceição Moura, Afonso Gossen e Gertrudes.
Outra preocupação foi à sustentação do clero e da sua formação. Isso levou o bispo a reorganizar o patrimônio existente, vendendo certas posses da diocese para construir obras que pudessem gerar rendas. Desse esforço, surgiram os edifícios João Paulo I e João Paulo II.
Quanto à pastoral, volta-se para o campo social e se torna um elemento de fomentação da organização popular, introduzindo pioneiramente na região um novo modo de se organizar e de reivindicar.
Para acompanhar o crescimento desenfreado da cidade, motivou e apoiou a construção de igrejas e/ou salões comunitários nos bairros da periferia petrolinense. Assim surgiram as igrejas e salões da Areia Branca (com residência), Vila Eduardo (com residência), José e Maria (com residência), D. Malan, Ouro Preto (com residência), Jardim Amazonas (com residência), Quilometro Dois e, também Lagoa Grande.
Em dezembro de 1986, D. Gerardo foi transferido para a diocese de Patos, na Paraíba. Ficou, no entanto, governando a diocese de Petrolina – como Administrador Apostólico – até a chegada de D. Paulo Cardoso, que é hoje o 6º Bispo Diocesano.

VI. Período de D.FREI PAULO CARDOSO DA SILVA (1985-2011)

Desde 01.05.1985, assume o governo diocesano o frade carmelita Paulo Cardoso da Silva. Tendo como base o lema “Evangelizar os pobres”, a ação pastoral desse bispo tem se pautado numa linha missionária e vocacional. O primeiro aspecto concretiza-se através de uma constante conscientização da dimensão missionária da evangelização cristã. Isto tem acontecido através da ação de grupos missionários que se organizam em níveis comunitários, paroquiais e diocesanos; realização de vários eventos missionários (visitas missionárias do bispo às paroquiais, romarias); criação de espaços apropriados às realizações missionárias (criação do Santuário da Venerada Santa Cruz); promoção de eventos missionários especiais (visita romeira ao Juazeiro do Pe. Cícero, visitas do frei Damião, em 1990 e 1994); realização de eventos com temática vocacional e missionária (“Fest Missio”, shows, exposições, palestras).
A segunda grande opção – a vocacional – tem se traduzido num esforço constante de levar os batizados a refletirem sobre a própria vocação e a assumirem esta dimensão da fé, inclusive como religioso ou presbítero (padre). Para isto tem havido um esforço de criar grupos vocacionais nas paróquias e na diocese. O resultado do conjunto de esforços tem sido o de um substancial aumento de vocações especiais, numa região historicamente sempre muito carente de sacerdotes e de religiosos.
A preocupação com o aumento de vocações sacerdotais foi sempre uma preocupação dos bispos petrolinenses. No entanto, o esforço feito nos últimos anos ampliou sensivelmente o número de padres. Atualmente o clero diocesano é formado por mais de cinqüenta padres contando com diocesanos e não diocesanos. Só de padres para a diocese foram ordenados, a partir de 1985, o número de 26, uma quantia jamais atingida anteriormente.
O crescimento no número de padres significou também um aumento no número de comunidades eclesiais atendidas. Isto quer dizer que, atualmente, fieis de várias partes da diocese contam – mais do que antes – com a presença de padres para animarem e coordenarem as comunidades na sua vivência da fé, na ação pastoral evangelizadora e para realizar os sacramentos (batismo, eucaristia, unção dos enfermos).
. A formação de um maior número de padres também foi facilitada pela criação de certa estrutura material e humana. Neste sentido foi ampliado e melhorado o prédio construído na época de D. Gerardo. O seminário passou a ser chamado de Seminário S. José e atualmente está sendo dirigido pelo Mons. Antonio Malan de Carvalho.
No Seminário, jovens provenientes de diversas regiões – sobretudo da diocese – recebem um ensino básico (Propedêutico) e em seguida cursam três anos de filosofia. A formação filosófica é ministrada por professores leigos e padres. Alguns dos padres receberam formação em institutos eclesiásticos brasileiros (Juiz de Fora – MG), outros foram capacitados nas mais importantes universidades eclesiásticas da Europa: a Pontifícia Universidade Gregoriana, Pontifícia Universidade Salesiana e a Pontifícia Universidade Maria Mater Ecclesiae.
Os mesmos professores ministram disciplinas também no Instituto de Teologia da Diocese de Petrolina. O instituto foi criado em 02.08.2005 e tem como objetivo de permitir aos leigos e religiosos o aprofundamento da fé. Atualmente o instituto conta com alunos também da diocese de Juazeiro e Bonfim.
Desde que D. Paulo assumiu a direção da Diocese, diversas congregações religiosas, masculinas e femininas, se somaram àquelas já existentes, isto é, às instituições femininas (irmãs Salesianas [no Colégio Maria Auxiliadora], Medianeiras da Paz [Centro Social Pio XI], Irmãzinhas da Imaculada Conceição [bairro Ouro Preto – Petrolina], Mensageiras de Santa Maria (Araripina), Carmelita da Caridade [Salgueiro]), Companhia das Filhas de Caridade (Casa da Criança) e masculinas (Frades Menores Capuchinhos (Ouricuri-PE), Servos da Caridade (Salgueiro)).
As instituições incorporadas no presente governo diocesano foram: frades Carmelitas (Petrolina), Dominicanas de Santa Catarina de Sena (no Centro de Treinamento Diocesano), Carmelitas de Santa Terezinha (Santa Maria da Boa Vista), Carmelitas da Divina Providencia (bairro José e Maria – Petrolina), Servas da Caridade da Divina Providência (Serrita), Santa Maria da Providência (Serrita).
Ainda no presente episcopado continua a preocupação em dotar novos bairros de igrejas e /ou salões comunitários. Isso tem acontecido em toda a diocese, através da administração direta dos vigários. São várias as obras em construção ou já concluídas.
No campo das comunicações sociais foram feitos sucessivos investimentos na Emissora Rural dirigida no atual governo por vários diretores: Pe. Gonçalo P. Lima (Vigário Geral da Diocese no período), Pe. Pedro Paulo Tormena, Joaquim Florêncio Coelho (1991-1993), Pe. Domingos Viana Torres, Pe. Francisco Xavier (Bianchi) e, actualmente por Daniel Campos. Nesse Período, como nos anteriores, a Emissora teve constante renovação da aparelhagem, ampliadas as instalações (construção do Estúdio Panorâmico, Capela de S. Judas Tadeu); formação de um grupo de apoio financeiro, o Clube dos Ouvintes. Por trás desses avanços tem estado à preocupação de manter sempre moderno este resistente e poderoso meio de comunicação popular que é o rádio. A Emissora Rural tem exercido, historicamente, um papel importante na evangelização e no progresso da região do sertão de Pernambuco e até de outros Estados.
Falando em comunicação, não podemos deixar de lembrar a presença de vários programas radiofônicos de cunho evangelizador. Entre estes se destaca a comunicação diária, do bispo, com os diocesanos por meio do programa antes intitulado “Palavra de Vida, Palavra da Bíblia” e, atualmente, denominado “Anunciando Jesus, o Cristo Senhor”. Em outros níveis o bispo se comunica por meio de cartas. É, portanto, por meio desse meio simples e clássico de comunicar-se – a carta – que os colaboradores mais diretos do bispo (padres, freiras, leigos) têm acesso a uma decisão, programação, ou o modo de pensar do pastor.
Na mesma área da comunicação insere-se – ainda – a abertura da Livraria S. Paulo. Atualmente está em andamento a instalação da antena da Rede Vida, tornando mais acessível o sinal desse importante canal de televisão católico.
No que diz respeito à educação, D. Paulo, através da Prof. Teresinha Teixeira Coelho, tem potencializado o Colégio D. Bosco, mantendo-o, como sempre, na vanguarda da educação. Para tanto, além de outras ações, foram construídos vários pavilhões, criado o Memorial D. Bosco, o setor de educação informática, a piscina olímpica Pe. José de Castro Filho, o laboratório Mons. Gonçalo P. Lima, a Quadra Poliesportiva Dom Gerardo Andrade Ponte.
Com a preocupação de criar espaços para encontros estão sendo construídas, além da citada Casas dos Romeiros, de Santa Cruz da Venerada, um grande centro de encontros em Petrolina. Este centro soma-se a um menor – construído durante o governo de D. Gerardo – na propriedade chamada de “Pedra do Bode”. Logo no início do episcopado de D. Paulo na diocese de Petrolina, foi adquirido um complexo de prédio, em Salgueiro, chamado de CEPAMA.

No campo social continuam os trabalhos, quase corriqueiros, realizados pelas várias pastorais e movimentos (Legião de Maria, Vicentinos, Renovação Carismática Católica, Pastoral de Saúde) em toda a diocese, visitando os doentes, distribuindo alimentos e roupas, cuidando das crianças, etc. Entre os trabalhos mais específicos e surgidos durante o atual governo estão os serviços da Pastoral da Criança (em união com a CNBB) e a pastoral social que se esforça no sentido de organizar melhor e de, inclusive, realizar o protesto anual – ainda muito tímido – denominado “Grito dos Excluídos”.
De mais especifico, no campo social, podemos citar: a fundação de creches, em cidades pequenas (Santa Cruz da Venerada, Dormentes, Lagoa de Fora e bairro S. Gonçalo [Petrolina]) com a ajuda de fiéis alemães; a construção, com a participação da Pastoral Familiar, da “Casa de Passagem Bom Samaritano” (destinada aos viajantes pobres que passam por Petrolina); o trabalho desenvolvido pelos servos da Caridade, em Salgueiro, isto é, pastoral do menor deficiente (PROAC – Projeto de Assistência à Criança e ao Adolescente), Creche N.Sra. Perpétuo Socorro, Abrigo Israel (casa de passagem), Lar S. Vicente, Projeto Ana Ataíde (acolhida a crianças rejeitadas pelas famílias), lactário (com leite de soja produzido por vaca mecânica), profissionalização de menores, construção de açudes e cisternas na zona rural; continuam as realizações sociais promovidas pela irmãs salesianas, em Petrolina e com o apoio de muitos, através do PETRAPE (instituição fruto do trabalho da Irmã Dourado) e do CEMAM, instituições voltadas para a promoção de menores.
Um evento de destaque foi a realização do I COMIPE (Congresso Missionário de Petrolina). Realizado de 24 de setembro a 1º de outubro de 1995, este Congresso contou com a presença do Núncio Apostólico da época (Alfio Aradizzarda) e dos cardeais D. Lucas Moreira Neves (da Bahia) e D. Ivo Lorscheider (de Aparecida – São Paulo). Este último aproveitou a oportunidade, para presentear a diocese de Petrolina com uma imagem de N. Sra. Aparecida, trazida do Santuário Nacional de Aparecida, em S. Paulo.
Além do Núncio Apostólico e dos cardeais, participaram do COMIPE os bispos da região Nordeste II. Eles aproveitaram a oportunidade para realizar em Petrolina o seu encontro anual.
Um memorial à realização do COMIPE foi à construção de uma cruz em cimento armado, ao lado da Catedral. A cruz se somou ao conjunto formado pela Catedral e a Concha Acústica no centro da cidade de Petrolina.
Uma novidade no atual governo diocesano foi o crescimento da espiritualidade carismática católica. Acompanhando uma tendência nacional, este modo de vivenciar a fé instalou-se em toda a diocese e hoje conta com um grandioso número de participantes. Além de enfatizar uma experiência de fé – em alguns sentidos – bastante próxima às exigências do chamado pós-modernismo, os carismáticos desenvolvem também ações sociais de tipo assistencial aos mais pobres. Os carismáticos constituem atualmente uma força expressiva na ação evangelizadora diocesana.
Um grande esforço também tem sido feito na produção de uma história diocesana. Ciente da necessidade dos fiéis e da população em geral conhecer a caminhada da igreja no território diocesano, o bispo tem incentivado a pesquisa e a escrita da história. São já vários os frutos nesse sentido e os diocesanos já podem contar com a motivação que somente uma leitura crítica da história pode dar.

No governo de Dom Paulo, a preocupação com a comunicação também foi algo constante. Além de cartas emitidas pelo próprio bispo, que chegavam às diversas comunidades, houve uma preocupação com investimentos na Emissora Rural, hoje conhecida como A Voz do São Francisco, na renovação da aparelhagem, ampliação da sua instalação, com o estúdio panorâmico, tudo em favor da evangelização, atingindo uma multidão que acompanha os programas da rádio católica. Dom Paulo, assim como seus antecessores, buscou, no seu contato diário, chegar às famílias católicas, muitas distantes geograficamente, mas próximas do pastor pelas ondas do rádio.

Em 2001, por orientação de Dom Paulo, a comunidade católica passou a conhecer e acompanhar a Novena Ampliada com a Rainha dos Anjos, realizada um mês antes dos festejos oficiais na Catedral de Petrolina. A imagem peregrina, feita de fibra de vidro, e colocada num andor, passou a percorrer todas as Paróquias da Diocese, com o intuito de fortalecer a devoção mariana e como prévia da Novena da Rainha dos Anjos, em agosto. O fato é que a Missão Ampliada deu tão certo que a Catedral passou a ficar lotada durante os festejos da padroeira da Diocese e da cidade de Petrolina, além do aumento significativo da presença dos fiéis na procissão e na missa de encerramento, no dia 15 de agosto.

Em 2005, foi realizado o Congresso Mariano Missiológico, marcando o Jubileu de 80 anos de criação da Diocese de Petrolina. Um hino foi composto especialmente para este momento, pelo padre Antonio Malan.

Em 02 de agosto de 2005, foi instalado oficialmente o Instituto de Teologia da Diocese de Petrolina (ITDP) para leigos, que acontecia no Colégio Dom Bosco Extensão, de terça a quinta, das 19h às 22h. Com isso, buscou-se oferecer aos leigos uma formação com base nos ensinamentos do Magistério e da Tradição, com sua fonte maior na Palavra de Deus, permitindo que as comunidades sejam atendidas por pessoas capazes de corresponder aos desafios da fé na vida urbana.  O corpo docente é composto por padres, religiosos e leigos que, com sua formação específica, apoiam essa causa. O Padre Francisco José Pereira Cavalcante foi nomeado primeiro diretor do Instituto de Teologia da Diocese de Petrolina.

Em 2006, durante Assembleia Diocesana de Pastoral, a comunidade diocesana abraçou o Projeto Santas Missões Populares, empreendendo uma linha de revitalização das comunidades, que foram divididas por setores e animadas por lideranças preparadas para implementar, de forma plena, o cronograma previsto para três anos. O Padre Luís Mosconi, que assume esse trabalho de animar as forças vivas de várias Dioceses, esteve presente, a convite de Dom Paulo, orientando os passos desse modo de anunciar Jesus, de forma alegre, tornando a estrutura paroquial mais acolhedora e menos burocrática.

No final de 2007, foi criado um escritório voltado para os assuntos administrativos. O escritório funcionou numa dependência do Palácio Diocesano que foi inteiramente reformada e mobiliada para servir de Centro Administrativo Diocesano. O Centro foi dirigido inicialmente pelo Pe. Francisco Ferreira Leite Filho, por determinação de Dom Paulo.

Em 2008, Dom Paulo convocou o Jubileu Diocesano pela celebração dos 85 anos de criação da Diocese de Petrolina. Foram criadas várias Comissões, tendo o padre Francisco Augusto Santana de Macedo como secretário executivo do Jubileu. A culminância se deu nas celebrações da Rainha dos Anjos de 2009, contando, inclusive, com a presença de Dom Lorenzo Baldisseri, Núncio Apostólico do Brasil à época, no dia 10 de agosto, que apreciou o Coral Ampliado organizado especialmente para as solenidades jubilares, sob a organização do Padre Antonio Malan de Carvalho. Houve um concurso para a composição do hino do Jubileu, cujo vencedor foi o Frei Juracy Barbosa Alves Júnior, O.Carm.

De 12 a 14 de agosto de 2009, a Diocese de Petrolina realizou o II COMIPE      (Congresso Missionário de Petrolina), que contou com a participação de 14 (Arce) bispos das (Arqui) Dioceses do Regional Nordeste II da
Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB convidados, com a
honrosa presença do Núncio Apostólico, representante do Papa no Brasil,
Dom Lorenzo Baldisseri, 32 seminaristas do Propedêutico, Filosofia e
Teologia do Seminário São José, 2 Diáconos, 26 religiosas de várias
Congregações, 35 padres, 492 Congressistas – adolescentes, jovens, adultos
e idosos, homens e mulheres – advindos de 34 paróquias espalhadas pelos
21 municípios do chão geográfico de nossa Diocese. A conclusão do II COMIPE coincidiu com a celebração dos 80 anos de Dedicação da Igreja Catedral do Sagrado Coração de Jesus Cristo Rei.

Em 1º. de maio de 2010, Dom Paulo celebrou seus 50 anos de sacerdócio ministerial e 25 anos como pastor da Igreja de Petrolina. Na ocasião, foi lançada a pedra fundamental do Santuário Missionário de Santa Teresinha do Menino Jesus, com a presença de vários padres, religiosos, leigos e do provincial da Ordem Carmelitana no Nordeste, Frei Francisco de Sales, hoje bispo de Cajazeiras-PB. O trabalho não seguiu adiante, dada a proximidade do terreno com o Rio São Francisco, o que impediu a construção do Santuário, em obediência a uma lei municipal a respeito.

Em 16 de junho de 2010, Dom Paulo anunciou a criação da Diocese de Salgueiro pelo Papa Bento XVI, com a nomeação do seu primeiro bispo, Frei Magnus Henrique Lopes, capuchinho, sagrado bispo no dia 17 de setembro de 2010, tendo Dom Paulo como um dos bispos consagrantes.

Em 12 de outubro de 2010, na Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, diante de Arcebispos, Bispos, Padres, Diáconos, Religiosos e Autoridades civis e militares, Dom Magnus Henrique assumiu a Diocese de Salgueiro, concretizando um sonho alimentado durante anos por Dom Paulo.

Em 27 de julho de 2011, Dom Paulo presidiu a Missa das 6h25, na Igreja Catedral, reunindo o clero de Petrolina para comunicar  que o Papa Bento XVI havia acolhido o seu pedido de renúncia e nomeado Dom Manoel dos Reis de Farias como 7º Bispo da Diocese de Petrolina, transferindo-o da Diocese de Patos-PB. Como Administrador Apostólico, Dom Paulo empreendeu esforços, junto com toda a comunidade, para a acolhida de Dom Manoel, que tomou posse da Cátedra episcopal no dia 08 de outubro, em Celebração presidida por Dom Antonio Fernando Saburido, Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife.

D. Paulo teve quatro Vigários Gerais durante o seu governo diocesano: o Mons. Gonçalo Pereira Lima, o Mons. Bernardino Padilha da Luz, Mons. Antônio Malan de Carvalho e o Mons. Milton Porfírio dos Santos, confirmado na função por Dom Francisco Canindé Palhano.

Em outubro de 2011, Dom Fernando Panico, bispo de Crato-CE, nomeou Dom Paulo como Vigário Geral da Pastoral de Romaria em sua Diocese.

Em 12 de junho de 2015, Dom Paulo Cardoso recebeu o Título de Cidadão Salgueirense, junto com Dom Magnus Henrique, Bispo de Salgueiro. O título de cidadania se deu justamente pela vasta contribuição em favor da criação da Diocese de Salgueiro. Na tribuna, Dom Paulo enfatizou a necessidade de uma maior atenção por parte da sociedade e do poder público, a despeito de assuntos de notória repercussão nacional, como a ideologia de gênero e pediu à Câmara de Vereadores, uma maior sensibilidade no que tange este assunto específico. Falou também sobre a corrupção que assola o cenário político em todo o Brasil e falou sobre os viés da política e como ele deve ser trabalhada. (Fonte: Site da Diocese de Salgueiro)

Em 11 de dezembro de 2020, Dom Frei Paulo celebrou 60 anos de ordenação sacerdotal, presidindo missas em Petrolina,  Goiana, Caruaru e em Camocim de São Félix, onde foi pároco. Nos dias 09 e 10 de janeiro de 2021, Santa Cruz da Venerada prestou homenagens ao Bispo emérito pelo seu Jubileu de Diamante Sacerdotal e por sua contribuição na difusão da fé, por meio das romarias, em ações sociais e missionárias que impulsionaram o turismo religioso daquela cidade.

O Bispo emérito reside atualmente no Centro Social Pio XI, sede da Congregação das Irmãs Medianeiras da Paz. Mesmo emérito, Dom Paulo realizou missões na África e continua a acompanhar os trabalhos sociais do bairro Jardim Petrópolis, que possui uma creche com Quadra Poliesportiva adquirida com recursos vindos do exterior, por intermediação de Dom Paulo, e as Romarias Diocesanas, sempre com entusiasmo e dentro das limitações impostas pela idade.

Em 27 de janeiro de 2021, Dom Frei Paulo Cardoso foi vacinado, junto com outros 9 idosos acima de 85 anos, contra a Covid-19, a convite do Prefeito de Petrolina.

VII. Período de D. MANOEL DOS REIS DE FARIAS (2011-2017)

Dom Manoel dos Reis de Farias, sétimo bispo diocesano de Petrolina, nasceu em Orobó, Pernambuco, numa região chamada Serra Verde, encravada na zona rural, em 23 de abril de 1946. Seus pais eram Severino Francisco Alves e Josefa, esta falecida quando ele ainda era criança, não chegando a guardar nenhuma imagem dela. Viúvo, o pai contraiu um novo matrimônio e confiou os três filhos à avó Benvenuta, também conhecida por Saduta ou Dona Duta. Manoel cresceu seguindo a profissão dos pais, que eram agricultores. Na escola, logo ganhou destaque entre os colegas.

A vocação para o sacerdócio começou aos 12 anos, quando ainda no curso primário a professora de Religião, de nome Judite, falava do desejo de ver um dos seus alunos padre. Inspirado em um colega, que por sinal era sobrinho da docente, mesmo sem saber o que significava tal missão, Manoel chegou a fazer a promessa. Aquele acontecimento provocou uma constante cobrança, paralela aos estímulos, o que aos poucos enraizava um futuro promissor no trabalho da Igreja Católica. Outro ponto forte aconteceu em um determinado dia, quando acompanhava uma celebração através do rádio. O padre falava sobre escassez de apóstolos de Deus, apelando às comunidades que implementassem ações capazes de ampliar o número de sacerdotes, momento em que era registrado o toque definitivo para a concretização de um destino. Manoel dos Reis de Farias, aos 17 anos, já estava decidido sobre o seu futuro. Pouco tempo depois, ingressou no Seminário, onde continuou os estudos, alcançando o diaconato em 06 de janeiro de 1982 e o presbiterato em 06 de janeiro de 1983.

Uma retrospectiva dos espaços galgados por Manoel dos Reis de Farias nos traz uma ideia básica do grande esforço e dedicação pessoal levados a efeito e que o tornaram, por meio dos seus méritos, o 7º. Bispo da Diocese de Petrolina. Antes do episcopado, o nosso pastor cursou o primeiro e segundo graus no Colégio Pio XII dos Irmãos Maristas, em Surubim-PE. Fez Filosofia no Instituto Estrela Missionária em Nova Iguaçu-RJ e Teologia na Escola Teológica do Mosteiro de São Bento em Olinda-PE. É formado em Direito Canônico do Rio de Janeiro, filiado à Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Exerceu os seguintes ministérios: reitor da Casa de Formação dos Seminaristas da Diocese de Nazaré (1985-1986), Vice-Reitor do Seminário Arquidiocesano de Olinda e Recife (1987), pároco de São Sebastião, em Machados – PE (1988-1990), Pároco do Divino Espírito Santo em Paudalho- PE, Diretor Espiritual dos seminaristas maiores da Diocese de Nazaré (1990 até novembro de 2001) e de membro do Conselho Presbiteral e do Colégio de Consultores da Diocese de Nazaré-PE.

Eleito bispo em 08 de agosto de 2001, foi sagrado em Nazaré da Mata, no dia 10 de novembro do mesmo ano, sendo acolhido em 1º. de dezembro de 2001 na Diocese de Patos. Lá exerceu um grande pastoreio, conduzindo o povo de Deus por 10 anos, num compromisso com a missão e as vocações, ordenando vários padres e mantendo um rodízio de sacerdotes nas paróquias.

Em 27 de julho de 2011, em missa celebrada na Igreja Catedral de Petrolina, às 6h30 da manhã, o 6º bispo de Petrolina, Dom Frei Paulo Cardoso, anunciou ao povo de Deus, com transmissão pela rádio católica A Voz do São Francisco, hoje Rural FM, que Dom Manoel dos Reis de Farias havia sido nomeado como 7º pastor diocesano, sucedendo-o no governo pastoral. O novo bispo saudou a comunidade petrolinense numa ligação feita direta de Patos e transmitida ao vivo aos fiéis presentes na Catedral.

No dia 08 de outubro de 2011, sábado, no 80º ano de falecimento de Dom Malan, primeiro bispo diocesano, Dom Manoel começou o seu ministério episcopal como pastor da nossa Igreja Particular. Foi recepcionado em diversas cidades, acolhido por padres e por diocesanos, por prefeitos, vereadores e outras autoridades. Em cada parada, no percurso entre Salgueiro e Petrolina, sempre uma manifestação de profundo carinho ao pastor e de gratidão a Deus por permitir a sucessão apostólica em nossa Diocese. Na Serra da Santa, última parada antes da grande apoteose, recebeu das mãos do prefeito de Petrolina a chave da cidade, sinal de respeito e reverência ao Sucessor dos Apóstolos no governo diocesano.

Às 18h, sob o badalar dos sinos da Igreja Catedral, o bispo diocesano, juntamente com o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, percorreu, em carro aberto, o trecho entre o Centro Social Pio XI e a Sé episcopal, sendo acompanhado por uma grande multidão que celebrava a chegada do seu novo pastor. Após ser recebido na Catedral por vários bispos e padres, a procissão de entrada dirigiu-se à Concha Acústica, onde foi celebrada a missa de tomada de posse, presidida inicialmente pelo arcebispo metropolitano de Olinda e Recife. Festivamente, o bispo foi saudado por lideranças religiosas, civis e militares, que desejaram um fecundo ministério a Dom Manoel.

Dom Manoel, em Patos, substituiu Dom Gerardo Andrade Ponte, o 5º. Bispo de Petrolina, transferido em 1985. Algo interessante é que, 10 anos depois, Petrolina recebe Dom Manoel como seu bispo diocesano, como uma espécie de “pagamento” pela sucessão ocorrida no passado.

Manifestou apoio irrestrito às iniciativas ligadas à área social e pastoral, além de motivar a comunidade local para a construção de Centro de Recuperação de jovens “Comunidade Boa Nova Rainha dos Anjos”, om mais de 30 hectares num dos projetos de irrigação do Rio São Francisco para atender dependentes químicos na luta contra o vício em drogas,

Em 2013, Dom Manoel anunciou uma grande reforma na Igreja Catedral do Sagrado Coração de Jesus Cristo Rei. Com instalações elétricas comprometidas e diversos problemas estruturais, o padre Silvano, arquiteto, incardinado no clero da Diocese de Caruaru, preparou o projeto da reforma da Catedral, que foi apresentado ao povo petrolinense. Com lideranças políticas e a comunidade católica mobilizadas em torno da reforma, o trabalho durou mais de dois anos. Em 22 de novembro de 2014, durante a conclusão do Ano Santo,pelos 90 anos de criação da Diocese de Petrolina, o Cardeal Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida-SP à época, abençoou o novo altar, a cátedra e o ambão, feitos especialmente para compor o novo espaço litúrgico. No dia 28 de dezembro de 2015, a Catedral foi reaberta oficialmente, com missa presidida por Dom Manoel, depois de quase dois anos de reforma, com um investimento de mais de 1 milhão e 200 mil reais.

Uma das preocupações de Dom Manoel foi com a comunicação diocesana. O I SEDICOM (Seminário Diocesano de Comunicação), realizado de 13 a 15 de setembro de 2013, no Centro Pastoral Monte Carmelo, contou com a participação de comunicadores das Dioceses de Petrolina, Salgueiro, Nazaré da Mata, Juazeiro-BA e Patos-PB. O I SEDICOM foi assessorado pelos jornalistas Paulo Júnior e Luciana Martins, da Rede Vida de Televisão. Após o encontro, Dom Manoel criou o primeiro núcleo da Pastoral da Comunicação Diocesana nomeando o Padre Francisco Augusto como coordenador diocesano.

O II SEDICOM, realizado nos dias 13, 14 e 15 de fevereiro de 2015, contou com a participação de membros da Pastoral da Comunicação local, e a assessoria do padre Clóvis Andrade (Canção Nova) e da Irmã Élide Fogolari, ambos da Assessoria de Comunicação da CNBB. Deste encontro, foi formado o embrião do Projeto de Comunicação da Diocese de Petrolina, concluído pela coordenação da Pascom Diocesana sob a condução do professor Gildo Monteiro Júnior (2015-2016).

Ainda sobre a comunicação diocesana, várias reportagens, de diversos momentos da vida eclesial da Diocese passaram a ser produzidas e veiculadas pela Rede Vida de Televisão, no seu jornal noturno, dando destaque aos fatos que marcaram o trabalho evangelizador, social e missionário da Igreja que está em Petrolina.

Na 25ª. Assembleia Diocesana, realizada de 08 a 10 de novembro de 2013, a proposta de produção de um Plano Diocesano de Pastoral ganhou força, com carta enviada por Dom Manoel aos padres e representantes das paróquias. No ano seguinte, a coordenação diocesana apresentou o Plano Diocesano de Pastoral, estabelecendo as linhas de trabalho em comunhão com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE).

Em 2015, Dom Manoel começou a promover mudanças no Colégio Diocesano Dom Bosco, nomeando uma nova direção que viria a substituir a professora Teresinha Teixeira Coelho, após 39 anos e 11 meses dedicados à instituição educativa diocesana. O padre Antonio de Jesus Moreno Pinto foi nomeado vice-diretor, em meados de 2015, e assumiu a direção em 1º de janeiro de 2016.

No dia 25 de abril de 2016, Dom Manoel recebeu, do Poder Legislativo, a concessão do Título de Cidadão Petrolinense e da Medalha de Honra ao Mérito Legislativo Dom Malan, em cerimônia solene realizada no Centro Cultural Dom Bosco, pelos trabalhos realizados na Diocese, em curto espaço de tempo.

No dia 12 de julho de 2017, o povo católico de Petrolina foi surpreendido com a notícia da renúncia de Dom Manoel dos Reis de Farias, que viu a necessidade de um bispo mais jovem assumir o comando da Diocese, em virtude dos grandes desafios de evangelização. A despedida de Dom Manoel ocorreu oficialmente na festa da Rainha dos Anjos de 2017.

Dom Manoel, exemplo de simplicidade, de oração e de objetividade no trabalho apostólico, semeou a fé, amor a Deus e aos irmãos no cumprimento da missão de líder espiritual da Igreja de Jesus Cristo na Diocese de Petrolina.

VIII. Período de D. FRANCISCO CANINDÉ PALHANO (2018-)

Dom Francisco nasceu no dia 1º. de fevereiro de 1949, em São José do Mipibu-RN. Filho de José Palhano Filho e Ana Maria Torres Palhano. Tem como lema episcopal Oportet Illum Regnare – É necessário que Ele reine (1Cor 15, 25).

Vida Religiosa:

  • Ingresso no Seminário Menor de São Pedro em Natal, RN, aos 03 de fevereiro de 1960.
  • Ingresso no Seminário Central da Imaculada Conceição do Ipiranga, em São Paulo, aos 21 de fevereiro de 1971.
  • Ministérios de Leitorato e Acolitato na Matriz de Sant’Ana e São Joaquim de São José de Mipibu-RN, aos 21 de janeiro de 1973.
  • Diaconato na Matriz de Sant’Ana e São Joaquim de São José de Mipibu-RN, aos 06 de janeiro de 1974, por Dom Antonio Soares Costa.
  • Ordenação sacerdotal aos 02 de fevereiro de 1975, por Dom Nivaldo Monte, Arcebispo Metropolitano de Natal, em São José de Mipibu-RN.
  • Nomeado Monsenhor Capelão de Sua Santidade pelo Papa João Paulo II, em 29 de novembro de 1991.
  • Nomeado Bispo da Diocese de Bonfim, pelo Santo Padre Bento XVI, no dia 26 de julho de 2006.
  • Ordenação episcopal na Catedral de Nossa Senhora da Apresentação, Natal-RN, aos 21 de outubro de 2006.
  • Nomeado Bispo de Petrolina pelo Papa Francisco, em 03 de janeiro de 2018.
  • Assumiu a Cátedra episcopal de Petrolina em 03 de março de 2018.

Vida Ministerial:

  • Vigário Paroquial de Santana do Matos – RN – 1975.
  • Vigário Paroquial de São José de Mipibu – RN – 1975-1984
  • Mestre de Cerimônias da Arquidiocese de Natal, RN – 1978-2006
  • Capelão do Colégio Santo Antonio Marista de Natal-RN, 1975-1984/ 1984-2006.
  • Vigário Paroquial de Nísia Floresta-RN, 1984
  • Pároco de Santo Afonso Maria de Ligório, em Mirassol, Natal-RN, 1987-2006
  • Coordenador da Pastoral da Família na Arquidiocese de Natal, Dirigente Espiritual Arquidiocesano do Encontro de Casais com Cristo (ECC) e do Encontro de Jovens com Cristo (SEGUE-ME), 1987-2006
  • Membro do Conselho Presbiteral da Arquidiocese de Natal-RN, 1991-2006
  • Membro da Comissão para o XII Congresso Eucarístico Nacional – 1991
  • Professor de Teologia Moral (Moral Fundamental e Moral Sexual e Matrimonial) no Seminário de São Pedro, em Natal – RN, 2006
  • Professor de Liturgia prática do Seminário de São Pedro, 2006
  • Membro do Conselho de Assuntos Econômicos da Arquidiocese de Natal, 1994-2003
  • Nomeado Vigário Episcopal para a Pastoral Familiar, em 1994
  • Nomeado Reitor do Seminário Maior de São Pedro, em 12 de dezembro de 1995
  • Integrante da 2ª. a 6ª. gestão (1988-2006) do Conselho Nacional do ECC como Dirigente Espiritual do Regional Nordeste 2
  • Capelão do Hospital do Coração, 2000-2006
  • Reitor dos Filhos de Santana, 2006
  • Empossado como Bispo da Diocese de Bonfim-BA, em 26 de novembro de 2006.
  • Nomeado Bispo da Diocese de Petrolina-PE, em 3 de janeiro de 2018
  • Empossado Bispo da Diocese de Petrolina-PE, em 3 de março de 2018.

Antes mesmo de tomar posse, Dom Francisco fez uma série de encontros com padres, seminaristas, a fim de conhecer a realidade da Igreja Diocesana. Também buscou conhecer alguns prédios da Diocese, sempre com um olhar zeloso àquela que seria a sua nova casa.

Em cerimônia bastante prestigiada por Arcebispos, Bispos, Padres Autoridades civis e militares, além de fiéis advindos das Paróquias que compõem a Diocese de Petrolina e da sua Diocese anterior, Dom Francisco tomou posse como 8º bispo diocesano, em 03 de março de 2018, recebendo das mãos de Dom Antonio Fernando Saburido, Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife, o báculo pastoral, símbolo do poder do Bispo no território que lhe foi confiado.

Dom Francisco Canindé, ao chegar em Petrolina, anunciou a proibição das obras no entorno do Palácio Diocesano, bastante criticadas, à época, iniciando, assim, a reforma do prédio, a residência oficial dos bispos de Petrolina. O telhado foi totalmente reconstruído, através de uma grande campanha, e os trabalhos na área interna continuam, por meio de doações e da contribuição dos fiéis em suas comunidades e Paróquias.

Dezessete dias após a sua chegada, em 20 de março, Dom Francisco Canindé Palhano foi acolhido na Câmara Municipal de Petrolina por meio de requerimento do Vereador Rodrigo Teixeira Araújo. Dom Francisco Canindé recordou o trabalho de Dom Malan e da Igreja Particular de Petrolina em diversas áreas, destacando a educação, a saúde e área social.

Em novembro de 2018, dentro da programação dos 95 anos de criação da Diocese de Petrolina, foi concedida a Medalha de Honra ao Mérito Legislativo Dom Malan à nossa Igreja Particular, na pessoa de Dom Francisco, pela generosa contribuição ao progresso e desenvolvimento da nossa cidade, em vários campos de atuação. O autor do Projeto de Decreto Legislativo foi o vereador Rodrigo Teixeira Araújo.

Dom Francisco, por meio de carta divulgada em 28 de novembro de 2018, assumiu a diretoria do Colégio Dom Bosco, junto com o padre Carlos Antônio Barbosa de Araújo Júnior, hoje Diretor Executivo. A obra deixada por Dom Malan, cuja história permanece no coração do povo petrolinense, continua a formar bons cristãos e honestos cidadãos.

O 8º. Bispo de Petrolina preocupa-se especialmente com as vocações, que têm crescido de modo particular após a vivência do Ano Vocacional, continuando e aprimorando o trabalho dos seus antecessores nessa linha da vida eclesial. O Seminário São José contou com investimentos na sua estrutura para acolher os seminaristas do Propedêutico e da Filosofia, além de definição da grade curricular e da equipe formativa.

Também destacam-se, como inciativas do Ano Vocacional:

  • Implantação da Obra das Vocações Sacerdotais;
  • Realização de Despertar Vocacional no Seminário São José e acompanhamentos de jovens vocacionados;
  • Aumento significativo do número de vocacionados e seminaristas;
  • Colaboração sistemática e mensal das Paróquias com as despesas do Seminário;

Outro cuidado de Dom Francisco refere-se à administração da Diocese, suas comunidades e paróquias, realizando, em julho de 2019, diversas transferências de padres e a reorganização da estrutura diocesana. Em virtude da necessidade pastoral e da carência de padres, Dom Francisco tem contado com a presença de padres Fidei Donum, vindos de outras Dioceses. Tem um zelo muito relevante com a liturgia e já anunciou, em Assembleia Diocesana, a programação da ação pastoral que culminará com o centenário da Diocese, em 2023.

Na Solenidade de Cristo de Rei, dos últimos três anos, Dom Francisco  proclamou o Ano Vocacional (2018-2019), o Ano Catequético (2019-2020) e o Ano da Família (2020-2021). Em vista para 2021-2022, a proclamação de um Ano Eucarístico, com a realização de um Congresso Eucarístico Diocesano.

Atendendo a determinações do Ministério das Comunicações em relação à migração das rádios de AM para FM, Dom Francisco não mediu esforços para realizar a migração da rádio católica diocesana, que passou de “A Voz do São Francisco”  para “Rural FM” em 06 de maio de 2019. O investimento para a migração se deu por meio de um empréstimo de 1 milhão de reais, que está sendo custeado por doações dos ouvintes e pela própria Diocese. Para viabilizar a organização da Rural FM (programação e equipe), Dom Francisco Canindé nomeou o padre Givanildo José como diretor executivo da rádio católica diocesana.

No prédio entre a Rural FM  e o Centro Cultural Dom Bosco, onde funcionava antigamente o “Clube dos Ouvintes”, Dom Francisco está promovendo uma reforma completa na sua estrutura para abrigar as futuras instalações da Cúria Diocesana, responsável por colaborar na administração e no governo do Bispo diocesano.

No dia 1º de fevereiro de 2020, dentro do Ano Catequético Diocesano, foi criada a Escola Bíblico-Catequética Diocesana, com formações quinzenais, aos sábados, no Centro Cultural Dom Bosco. Em virtude da pandemia, as atividades tiveram que ser suspensas. No dia seguinte, na Catedral de Petrolina, os fiéis católicos, unidos ao seu Pastor, celebraram os 45 anos de ordenação sacerdotal de Dom Francisco, com Missa Solene e homenagens diversas.

Em 11 de fevereiro de 2020, Dom Francisco Canindé Palhano recebeu, do Poder Legislativo, a outorga da Medalha do Mérito Legislativo Dom Malan e do Título de Cidadão Petrolinense, em Sessão Solene bastante prestigiada na Câmara Municipal de Vereadores de Petrolina.

Diante da pandemia do novo coronavírus, Dom Francisco Canindé Palhano cedeu à Prefeitura Municipal, o Centro Pastoral Monte Carmelo para tornar-se um Hospital de Campanha, acolhendo os casos mais leves da doença. O próprio bispo abençoou o Hospital de Campanha no dia 25 de maio de 2020, com a presença do prefeito Miguel Coelho e de profissionais da saúde que estão atuando na linha de frente da Covid-19.

Em 25 de julho de 2020, Dom Francisco ordenou o primeiro padre para a Diocese, dentro do seu governo pastoral. Trata-se do padre Leonardo de Souza Silva, natural de Exu-PE, que ingressou no Seminário São José no episcopado de Dom Paulo Cardoso.

Em outubro de 2020, dentro do Ano Catequético Diocesano, Dom Francisco lançou o “Meu Catecismo”, com uma síntese das questões mais relevantes da nossa fé, além de orações específicas dos padroeiros das 28 Paróquias, Quase-Paróquias e Áreas Pastorais que compõem a Diocese. A tiragem inicial foi de 6 mil exemplares.

Dom Francisco tem motivado a comunidade católica em torno de mais uma reforma na estrutura da Catedral. Após a conclusão da instalação do novo som e da recuperação do sacrário, a Catedral necessita de consertos no telhado, de pintura interna, de melhorias na parte elétrica e de reconstrução de vitrais danificados pela ação humana.

Após o anúncio da celebração do Ano Diocesano da Família, na Solenidade de Cristo Rei de 2020, Dom Francisco criou uma Comissão Permanente de trabalho, que reúne-se a cada 15 dias para oração, reflexões e encaminhamentos de atividades, a fim de promover a célula vital da sociedade. Além de representantes de Congregações religiosas, de grupos, movimentos e pastorais, a Comissão conta com a participação de membros da sociedade civil, como a Gerência Regional de Educação (GRE)  e a Secretaria Municipal de Educação. Das várias iniciativas que foram apresentadas, a Comunidade Boa Nova Rainha dos Anjos, que acolhe dependentes químicos, oferecendo-lhes um tratamento gratuito, será o “braço caritativo” do Ano Diocesano da Família.

No final do mês de janeiro e início do mês de fevereiro de 2021, a Diocese de Petrolina contou com uma série de celebrações vocacionais:

  • 29 de janeiro – Ordenação Diaconal do Seminarista Carlos dos Santos de Souza Lima;
  • 30 de janeiro – Santa Missa com Rito de Admissão às Ordens Sacras;
  • 31 de janeiro – Santa Missa com Ministério do Leitorado;
  • 02 de fevereiro – Ordenação Sacerdotal do Diácono Lucas do Carmo Farias.

Dom Francisco, preocupado com as vocações na Igreja e buscando contar com a presença de mais uma Congregação religiosa, acolheu no dia 29 de abril, na Igreja Matriz de Nossa Senhora Rainha dos Anjos, o Instituto das Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará, conhecidas como Irmãs do Verbo Encarnado. Manifestando que era um sonho antigo, desde o seu governo pastoral na Diocese de Bonfim, Dom Francisco anunciou que as Irmãs Servidoras do Senhor desenvolverão suas atividades no Colégio Dom Bosco, na Cúria Diocesana e em outras áreas, como a catequese.

Em 03 de setembro de 2021, Dom Frei Paulo Cardoso da Silva, O.Carm., ordenou o Diácono Izael Tavares de Noronha, natural de Lagoas, até então Distrito de de Petrolina, hoje Distrito de Dormentes/PE.

As celebrações dos 15 anos de Ordenação Episcopal de Dom Francisco, em 21 de outubro de 2021, foram marcadas por dois momentos significativos: a inauguração das instalações na nova Cúria Diocesana, entre a Rural FM e o Centro Cultural Dom Bosco, e a Solene Celebração Eucarística, com a presença de bispos, sacerdotes de Petrolina, Natal/RN e Bonfim/BA, e de inúmeros fiéis e amigos do Senhor Bispo.

Na festa de São Judas Tadeu, em 28 de outubro de 2021, Dom Francisco abriu oficialmente, durante Santa Missa na Igreja Catedral, por meio de Decreto, o Ano Jubilar da Rural FM, tendo em vista a celebração dos seus 60 anos de fundação no próximo ano. Após a Missa, Dom Francisco e o Padre Givanildo, diante do túmulo de Dom Malan, no seu 90º aniversário de falecimento, e de Dom Antonio Campelo de Aragão, realizaram aposição floral e uma breve oração.

Durante todo o Ano Diocesano da Família, foram apresentadas propostas, dentre as quais destacamos:

  • Organização de uma Comissão Diocesana, com reuniões quinzenais para formação e planejamento das ações, como espaço de escuta de padres, religiosos e leigos, sob a coordenação de Dom Francisco;
  • Integração de vários órgãos e instituições da sociedade nas atividades promovidas pela Diocese;
  • Definição da Casa Boa Nova Rainha dos Anjos como o “braço caritativo” do Ano Diocesano da Família;
  • Realização da Live sobre o Rosário e sobre as vocações, esta na Rural FM e as Novas Comunidades;
  • Retomada do Concurso de Música Católica, concluído no dia 26 de setembro de 2021, no auditório da Fundação Nilo Coelho;
  • Iniciativas voltadas para a Obra das Vocações Sacerdotais pelas Novas Comunidades;
  • Celebração do Dia Municipal do Terço dos homens, com procissão e recitação do Terço na Igreja Catedral;
  • Desenvolvimento de atividades alusivas ao mês do Rosário em todas as Paróquias;
  • Integração das redes sociais da Diocese com grupos, movimentos, pastorais, serviços, Seminário São José e Novas Comunidades para a divulgação de suas atividades e daquelas referentes ao Ano da Família;
  • Utilização da temática do Ano Diocesano da Família nas festas dos padroeiros;
  • Participação no “Natal de Luz e Renovação”, promovido pela Prefeitura Municipal de Petrolina, com a inserção de um presépio na Praça Dom Malan e de apresentações de corais e grupos católicos;
  • Realização de 52 casamentos comunitários;
  • Caminhada da Família, na Solenidade de Cristo Rei, com Missa de encerramento na Concha Acústica.

Na Solenidade de Cristo Rei, em 21 de novembro de 2021, a Diocese de Petrolina concluiu o Ano Diocesano da Família. O ato foi iniciado com a Caminhada das Famílias, saindo da Igreja Matriz de São José Operário para a Concha Acústica, onde foi celebrada a Santa Missa presidida por Dom Francisco e concelebrada por padres da Diocese. Ao término da celebração, o Chanceler fez a leitura do Decreto instituindo o Ano Mariano Missionário, a ser vivenciado até o dia 20 de novembro de 2022. Destaque especial foi dado à Pastoral da Criança por Dom Francisco Canindé Palhano, na comemoração de seus 30 anos de atuação na Igreja Particular de Petrolina.

Em comunhão com toda a Igreja, Dom Francisco encerrou o Ano de São José na cidade de Santa Maria da Boa Vista, na Solenidade da Imaculada Conceição, em 08 de dezembro de 2022. Na ocasião, apresentou o desejo e as motivações para o translado dos restos mortais do Monsenhor Ângelo Vieira Sampaio, Protonatário Apostólico e Vigário Geral da Diocese de Petrolina por muitos anos, do cemitério para a Igreja Matriz de Santa Maria da Boa Vista, constituindo, para isto, uma equipe formada pelos Padres Antonio Solone, Júnior Bedor e Francisco José Pereira Cavalcante.

Em sintonia com a Obra das Vocações e buscando integrar todos aqueles que fazem parte da OVS, nas 28 Paróquias, Quase-Paróquias e Áreas Pastorais, foi promovido o I Domingão da OVS, no dia 12 de dezembro de 2021, reunindo mais de 100 pessoas no Centro Cultural Dom Bosco, com a presença de Dom Francisco, padres e de todos os seminaristas da Diocese.

Em 27 de dezembro de 2021, Dom Francisco ordenou o Padre José Umberto da Cruz, na Igreja Catedral, natural de Ouricuri/PE. A sua primeira presidência ocorreu na Igreja Matriz da Paróquia Sagrada Família, em Petrolina.

Em 24 de janeiro de 2022, após uma grande batalha contra o câncer, faleceu o Padre Miguel Manoel de Sousa, em Recife. Dom Francisco presidiu Santa Missa em sufrágio da alma do sacerdote, na tarde do mesmo dia, na Catedral, e foi até Araripina para participar do sepultamento e presidir a Missa exequial, junto com parte do clero de Petrolina e de Salgueiro, além de familiares e amigos do Padre Miguel.

Buscando manter o ritmo da vida pastoral, a Diocese de Petrolina realizou a sua 31ª Assembleia Diocesana, em 28 de janeiro de 2022, no auditório do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, com a assessoria virtual do Monsenhor Anônio Catelan, hoje Dom Catelan, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. A temática da Assembleia manteve a sintonia com o Sínodo dos Bispos sobre a sinodalidade, proposto pelo Papa Francisco, e a articulação do Ano Mariano Missionário.

No aspecto vocacional, a Diocese de Petrolina ganhou um novo diácono, no dia 02 de fevereiro de 2022, com a ordenação do Diácono Lucas da Silva Souza, e um novo sacerdote, com a ordenação do Padre Carlos dos Santos de Souza Lima, no dia 25 de março de 2022. O Diácono Lucas foi designado para estudos de Mestrado no Rio de Janeiro.

(Página atualizada no dia 1º de abril de 2022 pelo professor Gildo Monteiro Júnior, articulador diocesano da PASCOM – texto em desenvolvimento e sujeito a modificações)

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